SOBRE A ARTISTA
 
 
Ieda, sua trajetória na Arte com Espiritualidade

Sua ligação com a pintura vem desde a infância. Observando sua mãe e tias pintarem telas a óleo e porcelana, ela começou a educar seu olhar para a estética.

Em meados dos anos 60, surgem seus primeiros trabalhos em acrílico e de colagem, por meio dos quais Ieda problematiza um universo de símbolos como o sol, a lua e o peixe. Desde então, ela segue uma trajetória em busca de expressar cada vez mais sua arte através da espiritualidade.

Esse estilo foi retomado no início dos anos 90, durante o tempo em que estudava filosofia, arte e espiritualidade, na Casa Totalidade, onde, aliás, a arte-educadora Iraci Saviani orientava um curso de desenho e pintura focando o despertar, no aluno, de seu próprio estilo.

A partir de então, começaram a surgir inúmeros trabalhos, entre os quais estão uma série em acrílico sobre tela e uma série em acrílico sobre papel com a proposta de resgatar suas memórias ancestrais. Nessa mesma época, enquanto Ieda Helal pintava os arquétipos gregos em cerâmica, nasceram nove telas com imagens do Egito Antigo.

Em meados dos anos 90, a artista começa a se dedicar à aquarela. O caminho da água e a fluidez da técnica em papel expressavam a conexão entre o espiritual e o real.

Freqüentou o atelier de Setsuko Katayama, que lhe mostrou e lhe ensinou a disciplina, a perseverança e o aprofundamento da relação do artista com a sua obra.

No final dos anos 90, ao viver por um tempo na Malásia, Ieda se vê atraída pela cultura, pela espiritualidade e pela arte locais. Tendo em vista a sua afinidade com as cores, o contato com o oriente possibilitou a ela se expressar por meio dos vibrantes amarelos, laranjas e dourados.

A partir de então, ela produz uma série com temas ligados ora ao oriente, ora à natureza. Nessa época, as exposições são constantes e os temas são executados até que ela sinta tê-los esgotado.

Atualmente, Ieda está concluindo um trabalho sobre 16 Orixás conhecidos no Brasil. É um trabalho extremamente colorido, de grande dimensão, com forte presença simbólica e, ao mesmo tempo, cheio de passagens sutis entre as cores - técnica esta que a aquarela lhe permite executar.

Ieda é assim: Profunda em suas reflexões e extremamente delicada com suas expressões.
 
 
 
 
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